Há muito tempo que queria repetir esta receita de panna cotta da Elvira, que já tinha feito sem grande sucesso fotográfico. A receita é deliciosa, super fácil (aliás, mais fácil impossível) e o resultado é muito atraente.
Tinha alguns morangos reservados para fazer o coulis, mas de repente deixou de me apetecer coulis de morangos. Apetecia-me qualquer coisa diferente e pensei fazer um coulis de outra fruta. Olho para a fruteira e vejo umas maravilhosas toranjas vermelhas que tinha comprado para fazer uma salada de citrinos. E decidi: vou fazer coulis de toranja.
Pois… Tentar, eu tentei. Descasquei a toranja muito bem descascada, tirei a pele aos gomos e tudo, desfiz tudo muito bem para dentro de um tacho pequeno, polvilhei com três generosas colheres de sopa de açúcar (afinal, toranja não é morango e convém levar mais açúcar) e liguei o fogão.
Rapidamente percebi que dali nunca sairia um coulis. Mas já agora, pensei eu, levemos isto até ao fim. O açúcar há-de caramelizar e pode ser que saia alguma coisa interessante. E saiu! Meia hora em lume baixo, mexendo ocasionalmente, e consegui uma pequena dose de compota de toranja vermelha, espessa, caramelizada, deliciosa.
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Panna cotta de baunilha com compota de toranja vermelha
Ingredientes (para duas pessoas)
Panna cotta
- 200ml de natas líquidas
- 1/2 vagem de baunilha
- 20g de açúcar
- 1 (ou 2) folhas de gelatina incolor e sem sabor
Compota de toranja vermelha
- 1 toranja vermelha grande
- 3 colheres sopa de açúcar
Num recipiente, hidratar a gelatina num pouco de água. Reservar. Numa panela pequena, misturar as natas, as sementes da baunilha (abrindo-a e raspando com o lado rombo da faca), a fava de baunilha e o açúcar. Levar a lume brando, mexendo sempre, até ferver. Retirar do fogão e deixar repousar 10 minutos. Retirar então a fava de baunilha. Escorrer muito bem a gelatina, retirando-lhe o máximo de água possível, e juntar às natas, mexendo bem para que se dissolva totalmente. Colocar em recipientes individuais e levar ao frigorífico várias horas, até endurecer (a Elvira recomenda 6 horas).
Com as panna cottas no frigorífico, prepara-se a compota. Descascar a toranja e retirar todas as peles dos gomos (a ideia é, mesmo, que se desfaçam). Isto é chato e demora um bocadinho (para além de se ficar com sumo de toranja quase até aos cotovelos). Num tacho pequeno, levar a lume brando a toranja e o açúcar e mexer até que este esteja totalmente dissolvido. Depois, deixar em lume baixo para reduzir e caramelizar, mexendo ocasionalmente. Quando tiver a consistência espessa de uma compota, retirar do tacho para um recipiente de vidro e deixar arrefecer à temperatura ambiente.
Antes de servir, acrescentar uma generosa colher de sopa de compota a cada panna cotta e comer, lambendo a colher!
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Confesso que fiquei apreensiva relativamente ao sucesso da compota de toranja. Até à primeira colher. Mesmo com todo aquele açúcar, a compota preservou o amargo da toranja, numa textura caramelizada, que contrastou na perfeição com o doce baunilhado da panna cotta. Rendi-me. O Zé precisou de mais umas colheres para se convencer, mas acabou igualmente rendido. Missão cumprida!
Eu nem provei e já me rendi 😉
Doces muitos doce não fazem sucesso aqui em casa, então uma das sobremesas preferidas é a Panna Cotta. Gostei da idéia da compota de toranja além da cor a combinação de sabores deve ter ficado deliciosa.
Bjs!
ficou LINDO, LINDO, Mariana!
e, hm, que ideia otima a das laranjas.
beijaooo,
Toranja… boa ideia! Mariana, as tuas fótos estão cada vez mais lindas. 🙂
Beijinhos.
Lindas fotos Mariana! E que interessante essa compota de toranja caramelizada. Parece casar na perfeição com a panna cotta.
Uma sobremesa divina!
beijinhos
Mas ficou perfeito!!!!!!!!!!!!!Adoro panacottas!!!!
:o)
bitocas!!
E eu que adoro panacotta!! Deve ficar maravilhoso com este doce!
Parabéns!