Feeds:
Artigos
Comentários

Archive for the ‘Bacon’ Category

Continuamos na despedida do Verão, com o Outono já a dar ares de ter chegado em força. Os tomates vieram atrasados este ano, dizem-me. Ainda vão durar 2 semanas. Faço planos para aproveitar ao máximo estes últimos quilos, já que tomate fresco outra vez só para o ano.

As despedidas vão-se misturando com a necessidade de coisas rápidas. Com o Outono voltaram também as aulas, num ano que se espera mais tranquilo mas, simultaneamente, mais desafiante e interessante. Que bom é aprender coisas novas todos os dias. E para manter o cérebro estimulado, que a preguiça é coisa a que me habituo facilmente, aprendo também na cozinha.

.

Massa com molho de tomate e pimento assado

(2 pessoas)

  • 200g spaguetti
  • 40g bacon, em cubos pequeninos
  • 1 cebola, em cubos pequeninos
  • 1 tomate coração de boi grande e bem maduro
  • ½ frasco de pimentos vermelhos assados (ou mais ou menos, a gosto)
  • 3 dentes de alho
  • 1 medida de nozes
  • 2 punhados de rúcula
  • piri-piri em flocos (ou em pó)
  • azeite
  • sal

Coza a massa em água temperada de sal, até estar quase al dente. Faça isto enquanto faz o molho, para melhor sincronia dos tempos de cozedura e a massa não ficar demasiado cozida.

Numa frigideira seca, frite o bacon levemente. Retire e reserve. Na mesma frigideira, sem limpar, aloure a cebola num fio de azeite. Moa meia colher de chá flocos de piri-piri (ou acrescente seco) para cima da cebola e mexa bem.

Enquanto a cebola aloura, triture, com a varinha mágica, o tomate, os pimentos e os dentes de alho, até obter um molho grosso. Quando a cebola estiver dourada, acrescente este molho à frigideira. Reduza para fogo médio e cozinhe 2-3 minutos. Acrescente o bacon e as nozes grosseiramente picadas.

Escorra a massa e junte-a ao molho, ainda na frigideira. Junte 2-3 colheres da água de cozedura e mexa bem, para que toda a massa seja envolvida pelo molho. Deixe engrossar (30 segundos a 1 minuto devem ser suficientes; mais não, para que a massa não fique demasiado mole) e sirva com folhas de rúcula e um fio de azeite cru.

.

Este prato tem um leve sabor fumado, do bacon e dos pimentos, que nos agradou muito. É daquelas macarronadas de deixar lábios e pratos manchados de vermelho e uma sensação mista de sabores familiares e novos, como se a avó italiana que nunca tivemos resolvesse, de repente, dar um toque diferente a um velho conhecido. Conquistou-nos pelo estômago e ganhou lugar nos eternos retornos da nossa cozinha.

Read Full Post »

A carne não vem à nossa mesa todos os dias. Há semanas em que não ponho o pé no talho, em que digo olá, tudo bem? até logo! ao Jorge quando saio do mercado e lhe passo à porta. Pergunto-lhe pela saúde e pela neta, dou-lhe dois beijos e vou-me embora sem comprar nada. O Jorge conhece-me desde que nasci. Desde que andava pelo mercado, ainda ao ar livre, a correr da banca da D. Irene (que saudades!) para o talho dele. Nunca fui menina de estar muito quieta. Falava com toda a gente, enchia-os de conversas e de perguntas. A minha fase dos porquês dura até hoje e na altura não tinha filtros nem limites. Eu devia ser muito chata.

Hoje, a ida ao mercado continua a ser um dos grandes prazeres da semana. Há velhos e novos amigos e novos amigos velhos, que me guardam ovos caseiros e manjericão fresco e me enfiam no saco pimentos perfumados quando eu já paguei. Conversamos sobre a vida, as frutas que nos chegam de perto, os filhos, os netos e as dores da idade. Pergunto, cheiro, escolho e compro legumes cultivados num raio de 10km. Volto para casa de braços e coração cheios. Sei a sorte que tenho.

Às vezes – poucas – também vou ao talho. Mas de lá nunca saio muito carregada. A carne é excepção no nosso prato e não é preciso muito para nos saciar a fome e a vontade. Duas tiras de bacon numa sopa fazem uma refeição mais do que completa.

.

Esta sopa foi feita com base numa receita da Elvira, que estava na minha lista há já muitos meses. Adaptei-a ao que tinha e ao que me apetecia e tive uma agradável surpresa. Não costumo gostar de sopas de carne – sou incapaz de comer canja e sopa de pedra só um bocadinho. Mas esta, nestas noites frias, soube-me mesmo bem. Uma sopa feita a tantas mãos de tantos amigos – o bacon do talho do Jorge, as batatas e cenouras e alho francês do Sr. Pereira e da Vânia. E as minhas mãos, que com tão boa matéria prima, quase não tiveram que fazer.


.

Sopa camponesa de lentilhas

(com base na receita da Elvira)

  • 250 g de lentilhas secas (usei das castanhas)
  • 50 ml de azeite
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho picados finamente
  • 50 g de bom bacon, finamente picado
  • 2 alhos franceses pequenos, cortados em meias luas finas
  • 1,2 l de caldo de legumes
  • 1 batata média cortada em cubos pequenos
  • 2 cenouras cortadas em cubos pequenos
  • sal
Lave bem as lentilhas em água fria corrente. Escorra bem e reserve.
Numa panela, aqueça o azeite e nele refogue ligeiramente a cebola e o bacon. Quando a cebola estiver translúcida, acrescente o alho e deixe refogar mais 1 minuto, mexendo com frequência. Acrescente as lentilhas e o alho francês e misture tudo bem. Deixe refogar mais 1 ou 2 minutos, mexendo sempre. Adicione o caldo, uma pitada de sal e deixe ferver.
Reduza então o fogo para médio-baixo e retire a espuma que se formou à superfície. Cubra a panela parcialmente com a tampa (deixe uma pequena abertura para o vapor poder escapar) e deixe cozinhar por 20 minutos. Se necessário, vá removendo a espuma.
Acrescente a cenoura e a batata e deixe cozinhar por mais 10 minutos ou até que tanto as lentilhas como os legumes estejam tenros. Não deixe cozinhar demasiado, para que as lentilhas não se comecem a desfazer.
Acerte o sal e a espessura do caldo – se estiver muito espesso, pode acrescentar um pouco de água ou mais caldo.
Se tiver, sirva polvilhada de cebolinha verde ou de cebolinho, picados. Eu não tinha, mas fica a nota para a próxima vez que a fizer.
.

.
Esta sopa é uma refeição. Sozinha, aquece e conforta o estômago. E se forem só dois, como aqui em casa, ainda sobra para uma outra refeição, onde saberá ainda melhor.

Read Full Post »

Finalmente, o regresso. Que saudades desta cozinha. Das experiências, mesmo das menos bem sucedidas. Vamos ver se consigo voltar a alguma regularidade, que me faz tanta falta.

Infelizmente, não foi só o blog que deixei ao abandono. O 4 por 6 também sofreu com a minha falta de tempo. Mas  este projecto é composto por outras meninas, muito mais responsáveis e criativas do que eu, e manteve-se de boa saúde. Muito obrigada, Elvira, Laranjinha, Marizé, Suzana e Pipoka.

E é o 4 por 6 que me traz de volta hoje, ainda a meio da época de exames mas já a sonhar com uns dias de férias que vêm aí. Esta receita foi preparada há umas semanas, mas mal a provei soube que era óptima para o 4 por 6. Pode ser feita no momento ou no dia anterior, é nutritiva e quase vegetariana e, sobretudo, é muito saborosa.

.

Chilli de 3 feijões

  • 1 lata pequena de feijão branco
  • 1 lata pequena de feijão preto
  • 1 lata pequena de feijão vermelho
  • 100g de bacon cortado em cubos pequenos
  • 2 cenouras médias
  • 1 pimento vermelho médio
  • 1 cebola grande
  • 4 dentes de alho
  • 2 tomates médios maduros
  • 150g polpa de tomate
  • 1 folha de louro
  • 1 colher café de cominhos em pó
  • 1 colher café de paprika
  • ½ colher café de piri-piri
  • 1 colher café de orégãos
  • sal
  • azeite

Num tacho grande, refogue num fio de azeite a cebola e o alho picados. Quando estiverem ligeiramente translúcidos, acrescente o bacon em cubos e deixe alourar um pouco. Junte a cenoura e o pimento, ambos em cubinhos pequenos, e deixe refogar 1 ou 2 minutos. Acrescente então os tomates cortados em cubos, a folha de louro e restantes especiarias e mexa bem. Dilua a polpa de tomate num pouco de água e acrescente também ao tacho. Mexa, junte sal e prove. Acerte o sal e as especiarias, baixe o lume, tape e deixe cozinhar 5 minutos.

Entretanto, escorra bem os feijões e lave-os em água corrente. Escorra novamente e coloque-os na panela. Acerte a quantidade de água (se quiser com mais molho, junte mais água), o sal e deixe cozinhar 10-15 minutos.

Sirva com arroz branco e salada de alface e hortelã, cortadas em tiras fininhas e temperadas com azeite e sumo de limão.

.

Aqui, usei feijão em lata, que é, sem dúvida, o mais fácil de usar. Mas não é o mais económico nem o mais saudável, por isso se tiver tempo demolhe e coza feijão seco. Pode até aproveitar para cozer em excesso e congelar o restante, em porções individuais.

.

Laranja com calda de cravinho

  • 4 laranjas
  • 2 cravinhos
  • 50g açúcar amarelo

Descasque as laranjas. Corte as cascas em pedaços e remova a parte branca, a mais amarga. Ferva as cascas durante 5 minutos. Num tacho pequeno, dilua o açúcar em igual quantidade de água. Junte as cascas fervidas e os cravinhos e deixe reduzir até fazer um xarope.

Entretanto, corte as laranjas em rodelas finas. Quando a calda estiver pronta, coe para retirar as cascas e o cravinho e deite por cima das laranjas. Leve ao frigorífico até à hora de servir.

Esta laranja é receita do meu pai. Costuma aparecer à nossa mesa todos os anos, no Natal – e foi por isso que me lembrei dela. É excelente comida no dia em que é feita, mas fica ainda melhor se passar uns dias na calda, no frigorífico. (lamento não ter fotografia, mas não consegui nenhuma apresentável)

.

As contas:

.

Dica de poupança: o congelador pode ser o nosso melhor amigo – congele sobras de vinho em sacos de cubos de gelo para usar em molhos e refogados; cabeças e espinhas de peixe (sem cozinhar) para fazer caldo, as partes dos legumes que não comemos para caldo de legumes. E para poupar tempo, pode fazer este chilli de 3 feijões a dobrar e congelar metade, para um dia em que não tenha tempo.

Read Full Post »

Cá por casa ainda não há crianças. E este 4 por 6 vem uma semana atrasado relativamente ao dia da criança. Mas enquanto tentava montar o prato para as fotografias ocorreu-me que parecia comida de brincar. De comer a brincar, pelo menos. Um prato assim, desconstruído, de onde apetece beliscar daqui e dali.

4por6

Esta semana portámo-nos um bocadinho mal. Trazemos uma sugestão que é assim quase prima do hamburger com batatas fritas. Que não tem nada de mal, de vez em quando. Nós somos grandes fãs de hamburger com batatas fritas. Mas comer fritos não é muito bom para a saúde, como todos sabemos. Olhem, foi o nosso pecado do dia da criança. Para fazer felizes as crianças que vivem em nós!

4 por 6 0806 II

.

Almôndegas de porco com chips sortidas

Almôndegas

  • 440g carne de porco picada
  • 4 colheres sopa de queijo parmesão (se for do fresco ralado na hora melhor ainda)
  • 3 colheres sopa de bacon ralado (usei o microplane)
  • 1 cenoura grande ralada fina
  • 3 dentes de alho ralados
  • 1 colher café de cominhos
  • 1 colher café de paprika
  • 1 colher chá de sal fino
  • 1 colher café de alecrim em pó (eu desfiz o seco no almofariz)
  • 1 pitada de piri-piri em pó
  • 1 ovo
  • farinha de mandioca para dar liga (ou pão ralado)

Num recipiente grande, colocar a carne de porco, as especiarias, parmesão, alho, bacon, cenoura e misturar tudo muito bem – primeiro com um garfo, depois com as mãos. Acrescentar o ovo e misturar. Ir adicionando aos poucos a farinha de mandioca (que usei por não haver pão ralado em casa) até conseguir uma massa moldável.

Moldar pequenas bolas (eu prefiro almôndegas pequeninas, daquelas que dão uma trinca, duas no máximo), que podem ser congeladas. Estes ingredientes fazem aproximadamente 45 pequenas almôndegas (sendo que, por pessoa, eu recomendo 10 para adultos e 8 para crianças).

Prefiro cozinhar as almôndegas descongeladas, sobretudo se não as vou cozinhar em molho (como faria para preparar um prato de pasta e almôndegas em molho de tomate). Portanto descongelei-as. Pincelei uma frigideira grande e anti-aderente com uma colher chá de azeite e quando estava quente acrescentei as almôndegas, que fritei/grelhei dos dois lados, até estarem cozinhadas por dentro mas não secas.

 .
Chips sortidas

  • 2 batatas grandes
  • 1 batata doce grande
  • 2 beterrabas médias

Com a ajuda do mandolim, cortei todos os tubérculos em fatias finas. Coloquei-os em água gelada durante cinco minutos. Escorri, sequei-os bem e fritei em óleo bem quente. Quando prontas, sequei-as bem em papel absorvente e temperei com flor de sal e orégãos.

.

Salada de alface e nozes

  • 1 alface média
  • 1 punhado de nozes
  • 5 colheres sopa de azeite
  • 2 colheres sopa de vinagre de vinho tinto
  • 1 colher chá de mostarda
  • sal

Lavei as folhas de alface, sequei-as bem e cortei-as em fatias finas. Acrescentei as nozes cortadas em metades e temperei com uma vinagrete feita com o azeite, o vinagre e a mostarda, bem batidos até formarem uma emulsão. Misturei bem e polvilhei com flor de sal.

4 por 6 0806 I

Cá em casa não somos os maiores fãs de almôndegas. Nunca as compramos já prontas. Nunca as comemos em restaurantes. Isso porque achamos que as almôndegas são sempre mal feitas. As dos restaurantes são feitas com restos de carne e, por isso, já perdem em sabor e qualidade. As congeladas… bem, essas não sei o que se passa com elas, mas a verdade é que não sabem bem. Por isso preferimos fazer as nossas. É muito fácil e num curto espaço de tempo fazem-se almôndegas suficientes para várias refeições, que se podem congelar e guardar para quando for mais conveniente. E se forem bem feitas e bem temperadas podem ser deliciosas. Estas são muito saborosas!

Os chips sortidos foram uma surpresa. A batata doce muito saborosa, a beterraba também. E as de batata, as normais, são sempre deliciosas. Eu também sou daquelas que tem um fraco por batatas fritas. Das boas, que das congeladas dispenso.

.

Para a sobremesa, cerejas de saco, as minhas favoritas, rijas e sumarentas e doces. Vieram directamente de Resende, do Festival da Cereja, onde os meus pais foram no dia 31 de Maio.

E as contas:

4 por 6 08-06

As cerejas não eram bem estas, mas até foram mais baratas. As contas estão feitas para as 45 almôndegas que consegui, sendo que aqui na receita se usará, no máximo, 40.

Read Full Post »

Já me debati longamente, no blog e fora dele, sobre os pratos deliciosos que dão péssimas fotografias. No que ao blog diz respeito, mais longamente ainda me debati sobre a sua publicação. A conclusão pessoal a que cheguei foi que não devia excluir uma receita deliciosa só porque a fotografia não é boa. Afinal, o blog é sobre comida, boa comida de preferência.

Claro que já todos sabemos que os olhos também comem – e eu como muito com os olhos. Dificilmente compro um livro de receitas, por exemplo, que não tenha fotografias. Claro que isto não é regra – se o livro for mesmo muito bom e não tiver fotografias, paciência, compro-o na mesma. É por isso que quando tenho receitas com más fotografias escolho publicar só aquelas que são mesmo muito boas.

É o caso deste frango. Foi inspirado nesta receita de frango à espanhola, mas fiz-lhe tantas alterações que já não é exactamente o mesmo prato. Portanto fica a referência à inspiração e, a seguir, a minha versão.

frango-com-feijao

.

Frango com feijão e cogumelos no forno

Ingredientes
(para quatro pessoas)

  • 2 peitos de frango, cortados a meio (4 grandes cubos de peito de frango, portanto)
  • 100g de bacon em cubos pequenos
  • 1 cebola grande
  • 3 dentes de alho
  • 1 lata de tomate pelado
  • 2 latas de feijão
  • 12 cogumelos brancos cortados em quatro
  • 2 colheres sopa de farinha
  • 1 colher sopa de paprika
  • 300ml de caldo de legumes (ou galinha)
  • azeite
  • sal

Misture a farinha, a paprika e uma pitada generosa de sal e passe o frango nesta mistura, cobrindo-o homogeneamente. Num tacho baixo, aqueça 2 colheres de sopa de azeite e frite nelas o frango, de ambos os lados, até que esteja dourado, mas sem que cozinhe completamente. Retire e reserve.

No mesmo tacho, com mais um pouco de azeite, frite o bacon e a cebola até que esta esteja dourada. Acrescente o alho bem picado e refogue mais um pouco. Junte em seguida os cogumelos e deixe fritar ligeiramente. Adicione o feijão, os tomates desfeitos e o caldo. Acerte o sal, acrescente paprika se desejar e deixe levantar fervura.

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Numa travessa de forno disponha o frango reservado e por cima o refogado de feijões e cogumelos, bem como todo o molho. Se quiser, acrescente agora um ramo pequeno de alecrim. Leve ao forno por aproximadamente 40 minutos (pode ser menos, se achar que está a ficar demasiado seco, ou pode ser mais, se os peitos forem muito grossos). Sirva acompanhado de pão alentejano ou de arroz branco.

.

Cá em casa serviu-se acompanhado de arroz branco, já que um dos “pratos” favoritos do Zé é arroz ensopado no molho do que quer que seja. Os feijões que usei não eram de lata, mas daqueles bons, comprados na feira e debulhados à mão, que estavam guardados no meu congelador desde Setembro passado. Cozi-os, guardei alguns no frigorífico e fui usando.

Este assado é delicioso e talvez ficasse ainda melhor se feito estilo cassoulet, na panela de ferro desde o fogão até ao forno. Da próxima é assim que conto fazê-lo.  Vou ainda acrescentar o sugerido ramo de alecrim, coisa que não fiz. Ainda assim, o cheiro pela casa era delicioso e o frango ficou húmido e saboroso, com a paprika a dar um toque fumado muito agradável.

A fotografia… bem, é a possível. Espero que o relato compense e que desperte a vontade de experimentar que a fotografia, infelizmente, não desperta.

Read Full Post »

Como já vos disse, sobrou muito porco. Das várias coisas que fiz com ele, esta foi uma das mais saborosas. É um prato que faço normalmente, quando tenho de improvisar o jantar, e que nos sabe muito bem. Além disso, é fácil e rápido e pode ser feito com sobras de qualquer tipo de carne ou com um peito de frango que ande perdido pelo frigorífico – nós temos muitas vezes esse problema, uma vez que somos dois e as embalagens normalmente trazem três peitos.

enchilada-de-porco-i

.

Enchiladas de porco e feijão preto

Numa frigideira grande, com um fio de azeite, alourei bastante alho e uma cebola picada. Juntei uns cubinhos de bacon e um tomate maduro, cortado em cubos. Acrescentei um bocadinho de polpa de tomate e meia lata, das pequenas, de feijão preto. Temperei com sal, piri-piri, cominhos, alho em pó e uma pitada de paprika. Deixei apurar e misturei duas medidas de porco desfiado, desligando o fogo em seguida. Com este refogado, recheei duas daquelas tortillas que tenho sempre em casa, enrolando-as e fechando as pontas para dentro do rolo. Coloquei-as numa travessa de forno e reguei com uma mistura feita com a varinha mágica: um tomate maduro, um fiozinho de azeite, orégãos, sal e uma pitada minúscula de cominhos. Por cima, mozzarella ralado ou esfarelada à mão. Vai ao forno a 200ºC, até estar dourado.

.

Esta receita é excelente porque, se acompanhada por uma salada, é completa e não muito pesada. Sabe mesmo bem naquelas noites de sofá, em que ao jantar se segue um filme ou dois e longas e exaustivas doses de fazer nenhum.

.

(apesar de muito boas, as enchiladas são horríveis de fotografar. Bem piores que as massas! Por isso desculpem-me por não incluir nenhuma fotografia do interior, mas não consegui nenhuma apresentável)

Read Full Post »

Cá em casa os risottos são sempre aldrabados. Mas são algo a que recorremos com alguma frequência, quando não há nada planeado, quando está frio ou simplesmente quando nos apetece.

Esta receita descobri numa Good Food, revista que compro sempre que encontro. Já o fiz há algum tempo e nunca mais repeti. Mas devia, porque ambos gostámos muito do resultado. Tem a grande vantagem de ser feito no forno e, como tal, não implica que esteja ali, de barriga colada ao fogão, a mexer interminavelmente até que o arroz esteja pronto. Que, vamos concordar, é a parte mais irritante de fazer risotto.

risotto-de-pimento-ii

.

Risotto de pimento vermelho, feito no forno
(ligeiramente adaptado da revista Good Food)

Ingredientes:

  • 1 colher sopa de azeite
  • 1 cebola picada
  • 300g de arroz para risotto
  • 100ml de vinho branco (opcional, pode usar-se mais caldo)
  • 400g de tomate pelado (de lata)
  • 200g de pimento vermelho assado e pelado
  • 75g bacon cortado em cubinhos
  • 500ml de caldo de legumes
  • salsa picada
  • parmesão para servir (opcional)

Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Numa panela que possa ir ao forno (usei uma de ferro), aqueça o azeite e frite a cebola até estar translúcida. Acrescente o bacon e frite mais uns minutos, sem deixar queimar. Acrescente o arroz, misture bem e deixe fritar durante 1 minuto. Acrescente o vinho e mexa até que o líquido seja todo absorvido. Junte então os tomates, pimentos e 400ml do caldo de legumes. Cubra e leve ao forno por 25 minutos, até que o arroz esteja tenro e cremoso.

Antes de servir, misture o restante caldo de legumes e a salsa picada, polvilhe com lascas de parmesão e sirva.

risotto-de-pimento

O nosso arroz não levou parmesão, por razões óbvias. Também não levou salsa porque não havia, mas levou umas (poucas!) folhinhas de manjericão cortadas bem fininho. De tanto esperar e andar, acabou por ficar um pouco seco e na fotografia não parece tão delicioso como estava. Falta-lhe o caldo do risotto. Mas não estava nada empapado e a falta de caldo não diminuiu em nada o prazer com que o comemos.

Read Full Post »

pizza-de-pimento-e-bacon

A mesma massa de sempre, molho de tomate, pimento vermelho assado até a pele ficar bem preta, bacon e mozzarella. Variações simples, recheio rápido e delicioso. Adoro pizza!

Read Full Post »

Dezembro é o mês da falta de tempo. Por mais que se estique, puxe e corra nunca dá para tudo. Cá em casa desdobramo-nos em compras feitas ainda em Novembro, noites fugidas para algumas últimas prendas que faltam e a sempre eterna fuga aos shoppings em Dezembro. Cinema? Nem pensar! Fnac? No mês que vem! E as coisas vão sendo feitas, decoradas, compradas e os almoços e jantares comidos.

O almoço, para ajudar, tem sido de pressa e preguiça. Normalmente tento fazer jantar a mais para ter almoço para mim no dia seguinte. Mas às vezes o marido gosta tanto do jantar que não sobra – nunca pensei que cozinhar bem pudesse ter desvantagens além dos óbvios quilos a mais. E às vezes não é comida de sobrar ou não jantámos em casa ou não jantámos ponto. E eu cada vez gosto menos de cozinhar só para mim.

Mas as tentativas de desenrascar qualquer coisa rápida são normalmente muito mais saudáveis e saborosas do que as refeições congeladas de antigamente. E cá em casa havendo bom pão (que há sempre) é fácil resolver o problema!

sanduiche

Num fio de azeite estrelei um ovo dos dois lados (não gosto da gema muito crua quando é para comer no pão). Escorri bem e sequei em papel de cozinha. No microondas (o electrodoméstico mais inútil desta casa), o truque que aprendi com a Ana Maria Braga nos tempos em que havia GNT e a televisão brasileira era gratuita, cá em Portugal: duas folhas de papel de cozinha e, no meio delas, duas fatias bem fininhas de bacon. Vai ao microondas uns dois minutos e o bacon está sequinho, praticamente sem gordura, e crocante! Muito melhor que frito e muito mais saudável.

Na torradeira adianto o pão, alentejano, que pincelo com o azeite dos tomates secos. Dentro, rúcula, tomate seco do meu, o ovo, o bacon e pedacinhos de mozzarella. Orégãos por cima, a outra metade do pão e prensa nele.

sanduiche-ii

Uns minutos para a fotografia (que isto de ter blog de culinária não se compadece com as pressas) e a sanduíche foi devorada num instantinho. Mesmo a tempo de sair a correr que, como diria o Coelho Branco da Alice no País das Maravilhas, é tarde!

Read Full Post »

Que é como quem diz, vêm umas atrás das outras. Há uns dias, andava eu a passear no supermercado, a tentar planear um jantar de família, quando vi uns lindos cogumelos Portobello, a piscar-me o olho da prateleira. Lembrei-me logo deste post da querida e talentosa Marizé e trouxe-os comigo para casa.

Inspirei-me nos da Marizé, que se inspirou nos da Elvira, e improvisei o quanto baste. De inspiração em inspiração, ficou pronto o jantar.

portobellos-recheados

Numa frigideira e um fio de azeite salteei dois dentes de alho muito muito picadinhos. Acrescentei bacon cortado em cubos pequeninos, os pés dos Portobello e mais 4 cogumelos brancos, picados. Juntei pão esfarelado (não é pão ralado, são ), temperei com sal e manjericão seco e deixei refogar um pouco. Acrescentei nozes em pedacinhos e recheei os cogumelos. Por cima, cubos de mozzarella e mais um fio de azeite. Foram ao forno a 180ºC até estarem cozinhados e dourados.

Para acompanhar, salada de rúcula temperada com azeite e vinagre balsâmico e umas batatas de forno de que vos falo amanhã.

.

A receita agradou mais a uns que a outros. Cá em casa não somos loucamente fãs de cogumelos e os Portobello têm um sabor mais forte e mais evidente do que aquele ao qual estamos habituados. O molho das batatas que acompanharam o prato ajudou bastante, porque os cogumelos ficaram um pouco secos. A repetir, talvez com outro recheio, mas a aproveitar a grande vantagem de serem uma fonte de proteínas tremendamente completa e substituirem, facilmente, a carne.

Read Full Post »

Older Posts »