Feeds:
Artigos
Comentários

Archive for the ‘Cominhos’ Category

Está a ficar calor. Os dias são grandes e como o sol se põe mais tarde, ficamos com a sensação que o trabalho acaba mais cedo. Apetece preguiçar na varanda, sentar no chão da sala com os pés descalços a apanhar os últimos raios de sol. Apetece juntar amigos, invariavelmente na cozinha, onde acabamos sempre. Partilhar um jarro de sangria gelada ou de mojitos, coisas boas para ir petiscando enquanto conversamos ou estamos ali, só, na companhia uns dos outros.

Estamos na época dos abacates. Nos mercados têm aparecido bem maduros e eu tenho feito guacamole quase todas as semanas. O abacate em si diz-me pouco, não lhe acho grande graça. Mas devidamente temperado torna-se um petisco a que não consigo resistir.

Li muitas receitas, inspirei-me aqui e ali. Até que cheguei à minha, aquela que preenche todos os meus requisitos. As medidas não são muito precisas porque dependem dos abacates. Como em tudo na cozinha, é preciso provar, provar e provar outra vez, até que esteja tudo no ponto, naquele equilíbrio de sabores que transforma os vários ingredientes numa entidade que é mais que a soma das partes.

.

Guacamole

  • 3 abacates
  • ½ pimento vermelho pequeno
  • ½ cebola média
  • 1 molho de coentros
  • 1 lima ou 1 limão
  • cominhos
  • piri-piri
  • sal

Comece por cortar os abacates a meio e tirar-lhes o caroço. Com uma colher, retire a polpa dos abacates para um recipiente e desfaça-a com um garfo.

Pique o pimento e a cebola finamente. Acrescente aos abacates e misture bem. Acrescente o sumo de uma lima (ou de um limão médio). Prove e veja se é preciso mais – a acidez do citrino deve equilibrar o sabor rico do abacate.

Acrescente meia colher de chá de cominhos, meia de piri-piri e meia de sal. Prove e acrescente mais, a gosto. Lembre-se que os nachos com que normalmente se come o guacamole são salgados, por isso não abuse do sal.

Pique os coentros (pode usar os talos, picando-os muito bem – eu uso) e acrescente ao guacamole, misturando bem.

Sirva com nachos e algo fresco para beber.

.

.

O guacamole fica delicioso servido com nachos. Mas se sobrar, é excelente para sanduíches: barre o pão com um pouco de guacamole, acrescente fiambre de frango ou frango grelhado e leve na marmita, para um almoço rápido e fácil.

Cá em casa, às vezes, jantamos uma taça de guacamole e um cesto de nachos, com um jarro de granizado de fruta e um bocadinho de rum. É rápido e fácil e óptimo para comer no chão da sala, em frente à televisão, enquanto vemos um filme. Acho que vamos repetir a dose este fim-de-semana!

Read Full Post »

pão mesmo que chova

Já não chove, como nas fotografias. Parece que a Primavera chegou e sente-se que veio com vontade. Por cá, já havia saudades do sol na pele, do cheiro que o mundo tem quando está calor. Mas pão faz-se sempre, chova ou faça sol. E come-se ainda mais sempre, só ou acompanhado – uma fatia barrada com manteiga, outra roubada de passagem e comida assim, somente. Pão mesmo que chova e que troveje.

Não é novidade para quem lê o Caos que eu gosto muito de fazer pão. É um prazer, é uma terapia. E é uma delícia, sempre. Mas é também uma forma de marcar posição e de bater o pé. De mostrar, a mim e a quem me quer ler, que pão é farinha, água, sal e fermento. E outras coisas, se quisermos, mas que não são precisas. Num país como o nosso, com tanto e tão bom pão, com tanta tradição e tantas receitas maravilhosas, é chocante e deixa-me francamente furiosa que muito do pão que se vende seja, na verdade, tão pouco pão. Que tenha tantos químicos, conservantes, melhorantes, espessantes. Experimentem visitar a padaria de qualquer super ou hipermercado e ler os rótulos. Mesmo o pão quente, acabado de sair, daquele que é feito quase a todas as horas, tem aditivos. E não vamos entrar, sequer, pelo reino dos pães de forma, de hamburger e de cachorro que duram semanas na despensa – isso não é pão.

.

Este pão é uma variação sobre a receita já muito falada, aqui no blog e em toda a internet, do no-knead bread, do Jim Lahey. Foi feita com um queijo que descobri quando estivemos em Amsterdam e que nos serviam ao pequeno-almoço. É um gouda com cominhos, as sementes inteiras a salpicar o queijo, e liga maravilhosamente com carnes fumadas. Eu, que não gosto de queijo, consegui convencer o meu marido (que ainda gosta menos do que eu) a regressar com um pedaço na mala.Recentemente redescobri-o no Continente e no supermercado do El Corte Ingles e de vez em quando compro.

Achei que a massa deste pão, que é tão porosa, ia combinar lindamente com cubos do queijo com cominhos e com pedaços de nozes. Adaptei a receita de pão com queijo do livro, juntei-lhe nozes e torci os dedos, à espera.

.

No-knead bread com nozes e gouda com cominhos

(adaptado a partir de My Bread)

  • 400g farinha para pão
  • 200g queijo com cominhos, em cubos pequenos
  • 50g nozes em pedaços
  • 1 colher chá sal
  • 3/4 colher chá de fermento biológico
  • 300g água fria

Numa tigela média, misture a farinha, o queijo, as nozes, o sal e o fermento. Adicione a água e misture bem, usando uma colher de pau, até obter uma massa húmida e pegajosa. Cubra a tigela e deixe levedar 12-18h (quanto mais tempo deixar, mais arejada será a massa).

Quando a primeira fase tiver terminado, enfarinhe uma superfície e transfira para lá a massa, sem rasgar. Com os dedos enfarinhados, molde muito levemente uma bola, dobrando as pontas para baixo. Polvilhe com muito pouca farinha, cubra com um pano e deixe repousar 2h (até dobrar de tamanho).

1h30 depois, pré-aqueça o forno a 220ºC e coloque lá dentro uma panela de ferro ou de barro, com tampa.

No fim das 2h, transfira cuidadosamente o pão para dentro da panela. Faça-lhe dois golpes no topo, para que possa expandir-se. Cubra a panela com a tampa, reduza a temperatura do forno para 200ºC e deixe cozinhar 30 minutos.

Ao fim de meia hora, retire a tampa da panela e deixe cozinhar mais 15-30 minutos, até que o pão esteja dourado (o tempo vai depender da sua preferência por pão mais ou menos tostado).

Retire do forno com muito cuidado e deixe arrefecer sobre uma grade por, pelo menos, 1h. Se o cortar antes, o miolo do pão estará húmido e pegajoso, porque o pão acaba de cozer fora do forno, enquanto arrefece.

Quando arrefecer, é só cortar e comer. Se sobrar, guarde-o bem fechado, numa caixa ou num saco, para que não seque.

.

Este pão é significativamente mais forte do que a sua versão simples. O queijo derrete e penetra na massa, espalhando o sabor dos cominhos por todo o pão. Os pedaços à superfície torram ligeiramente e reforçam o sabor das nozes, que são boas e pequenas surpresas no meio das fatias.

Fazer pão é juntar coisas simples, sem segredo, e ver magia acontecer. Sem precisar dos pós modernos, que mantêm fresco o que já devia ter secado ou apodrecido há muito. É guardar o pão bem fechado, comê-lo enquanto fresco e fazer torradas quando seca. É aproveitar cada bocadinho e usar as sobras como pão ralado ou croutons. E não esperar que dure para sempre.

Read Full Post »

O tempo que passo na cozinha diminui drasticamente com a proximidade dos exames. Há umas semanas uns, daqui a umas semanas outros. E pelo meio parece que quase não há tempo para nada. Mas a barriga não faz pausa e exige alimento. Tem sido calada a sopas na maioria dos dias, que dão pouco trabalho, aquecem e alimentam. E de vez em quando a alguma coisa mais especial.

Há uns tempos atrás, o Zé esteve na Austrália a trabalho. E voltou de lá cheio de coisas boas para mim, dentre as quais dois livros do Bill Granger. Confesso que na altura não o conhecia. Mas os livros cativaram-me facilmente, cheios que são de promessas de vida calma e produtos frescos, muitos vindos do mar. E é dele a receita que nos aqueceu um jantar em dia de vida menos apressada.

.

Guisado marroquino de peixe

(in Every Day, Bill Granger)

Ingredientes:

(4 pessoas)

  • 1 colher sopa de azeite
  • 1 cebola grande, em fatias finas
  • 1 dente de alho esmagado
  • 2 colheres chá de gengibre fresco ralado
  • 1 colher chá de cominhos
  • 1 colher chá de curcuma (o falso açafrão)
  • 1 pau de canela
  • 1 pitada de piri-piri
  • 400g tomates pelados (de lata)
  • 1 pitada de sal
  • 500g de peixe branco (usei corvina)
  • 400g de grão de bico cozido
  • 2 colheres chá de mel
  • coentros frescos
  • amêndoas

Aqueça o azeite numa panela, em lume médio. Junte a cebola e cozinhe, mexendo ocasionalmente, até que esteja translúcida. Adicione o alho, o gengibre, os cominhos, a curcuma e a canela e cozinhe mais uns 2-3 minutos. Acrescente então o piri-piri, os tomates, o sal e 250ml de água. Cozinhe, mexendo frequentemente, durante 10 minutos. Junte o peixe (cortado em pedaços e limpo de espinhas) e cozinhe durante 5 minutos ou até que o peixe esteja tenro. Adicione o grão de bico e o mel e cozinhe mais uns 5 minutos. Acerte os temperos.

Sirva polvilhado de coentros frescos e amêndoas grosseiramente picadas e acompanhado de arroz basmati, simplesmente cozido em água e sal.

.

Este guisado, levemente exótico e quente, mas simultaneamente leve, é perfeito para estas noites frias, em que o vento uiva lá fora e insufla a nossa vontade de calor e conforto. Também deveria ficar muito bom com pedaços de damascos secos, polvilhados por cima, com as amêndoas e os coentros, num contraste perfeito de texturas e sabores. A nós levou-nos a terras distantes, onde o vento empurra a areia e as dunas são a perder de vista.

Read Full Post »

A minha lista online de receitas para experimentar tem, neste momento, aproximadamente 1350 entradas. Estão todas ali, guardadinhas no meu del.icio.us, à espera de vez. Isto, claro, sem contar com os livros e revistas de cozinha que há em todos os cantos cá de casa. E não há praticamente dia nenhum em que a lista não aumente uma, duas receitas. Tenho trabalho para a vida. Portanto o melhor é arregaçar as mangas e pôr mãos ao trabalho.

No outro dia tinha peixe para fazer para o jantar. Nunca fui muito fã de peixe, mas ando a fazer um esforço por experimentar mais e de mais formas e por aprender mais sobre os vários peixes. A conselho da peixeira, trouxe corvina para estufar. Mas o peixe era grande e ia dar para duas refeições. Por isso desfiz metade das postas em filetes miniatura, para grelhar muito rápida e levemente, para que o peixe se mantivesse húmido.

Queria uma coisa diferente para acompanhar o peixe. E tinha uns amendoins salgados a pedir uso. Fui à minha lista e saí de lá com esta receita, que me fez muito feliz ao jantar e ainda ao almoço no dia seguinte.

.

Arroz de tomate e amendoim, aromatizado com cominhos

Ingredientes

  • 1 ½ medidas de arroz basmati cozido em água e sal
  • ½ medida de amendoins descascados
  • 3 colheres sopa de óleo de sésamo
  • 5 dentes de alho picados
  • 1 cebola pequena picada
  • ½ colher chá de piri-piri em pó
  • ½ medida de pasta de tomate espessa
  • 1 ½ medidas de água
  • coentros frescos picados
  • 1 colher sopa de cominhos em pó
  • sal
  • sumo de limão

Cozinhe o arroz, mas não demasiado – os grãos devem permanecer firmes e separados.

Aqueça o óleo de sésamo numa panela. Junte o piri-piri, o alho e a cebola e frite até que as cebolas estejam moles (5 minutos), tendo o cuidado de não deixar queimar o alho.

Misture a pasta de tomate com a água. Adicione à panela. Tempere com sal e deixe cozinhar durante 15 minutos em lume médio, destapado, até que o caldo engrosse. Retire, então, do fogo.

Junte os amendoins e o arroz. Misture tudo muito bem, até que todo o arroz esteja envolvido pelo molho e já não se veja branco. Leve novamente ao fogão e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos, mexendo sempre. Acrescente os cominhos e envolva tudo muito bem, com cuidado para não quebrar os grãos de arroz.

Sirva polvilhado com os coentros picados e salpicado com sumo de limão.

.

Este arroz é incrivelmente saboroso. O marido achou que estava demasiado picante, mas eu gostei.Parece-me que também ficará muito bom a acompanhar frango grelhado, por exemplo.

As quantidades de piri-piri e de cominhos podem e devem ser ajustadas ao paladar de cada um.

Read Full Post »

Finalmente, o regresso. Que saudades desta cozinha. Das experiências, mesmo das menos bem sucedidas. Vamos ver se consigo voltar a alguma regularidade, que me faz tanta falta.

Infelizmente, não foi só o blog que deixei ao abandono. O 4 por 6 também sofreu com a minha falta de tempo. Mas  este projecto é composto por outras meninas, muito mais responsáveis e criativas do que eu, e manteve-se de boa saúde. Muito obrigada, Elvira, Laranjinha, Marizé, Suzana e Pipoka.

E é o 4 por 6 que me traz de volta hoje, ainda a meio da época de exames mas já a sonhar com uns dias de férias que vêm aí. Esta receita foi preparada há umas semanas, mas mal a provei soube que era óptima para o 4 por 6. Pode ser feita no momento ou no dia anterior, é nutritiva e quase vegetariana e, sobretudo, é muito saborosa.

.

Chilli de 3 feijões

  • 1 lata pequena de feijão branco
  • 1 lata pequena de feijão preto
  • 1 lata pequena de feijão vermelho
  • 100g de bacon cortado em cubos pequenos
  • 2 cenouras médias
  • 1 pimento vermelho médio
  • 1 cebola grande
  • 4 dentes de alho
  • 2 tomates médios maduros
  • 150g polpa de tomate
  • 1 folha de louro
  • 1 colher café de cominhos em pó
  • 1 colher café de paprika
  • ½ colher café de piri-piri
  • 1 colher café de orégãos
  • sal
  • azeite

Num tacho grande, refogue num fio de azeite a cebola e o alho picados. Quando estiverem ligeiramente translúcidos, acrescente o bacon em cubos e deixe alourar um pouco. Junte a cenoura e o pimento, ambos em cubinhos pequenos, e deixe refogar 1 ou 2 minutos. Acrescente então os tomates cortados em cubos, a folha de louro e restantes especiarias e mexa bem. Dilua a polpa de tomate num pouco de água e acrescente também ao tacho. Mexa, junte sal e prove. Acerte o sal e as especiarias, baixe o lume, tape e deixe cozinhar 5 minutos.

Entretanto, escorra bem os feijões e lave-os em água corrente. Escorra novamente e coloque-os na panela. Acerte a quantidade de água (se quiser com mais molho, junte mais água), o sal e deixe cozinhar 10-15 minutos.

Sirva com arroz branco e salada de alface e hortelã, cortadas em tiras fininhas e temperadas com azeite e sumo de limão.

.

Aqui, usei feijão em lata, que é, sem dúvida, o mais fácil de usar. Mas não é o mais económico nem o mais saudável, por isso se tiver tempo demolhe e coza feijão seco. Pode até aproveitar para cozer em excesso e congelar o restante, em porções individuais.

.

Laranja com calda de cravinho

  • 4 laranjas
  • 2 cravinhos
  • 50g açúcar amarelo

Descasque as laranjas. Corte as cascas em pedaços e remova a parte branca, a mais amarga. Ferva as cascas durante 5 minutos. Num tacho pequeno, dilua o açúcar em igual quantidade de água. Junte as cascas fervidas e os cravinhos e deixe reduzir até fazer um xarope.

Entretanto, corte as laranjas em rodelas finas. Quando a calda estiver pronta, coe para retirar as cascas e o cravinho e deite por cima das laranjas. Leve ao frigorífico até à hora de servir.

Esta laranja é receita do meu pai. Costuma aparecer à nossa mesa todos os anos, no Natal – e foi por isso que me lembrei dela. É excelente comida no dia em que é feita, mas fica ainda melhor se passar uns dias na calda, no frigorífico. (lamento não ter fotografia, mas não consegui nenhuma apresentável)

.

As contas:

.

Dica de poupança: o congelador pode ser o nosso melhor amigo – congele sobras de vinho em sacos de cubos de gelo para usar em molhos e refogados; cabeças e espinhas de peixe (sem cozinhar) para fazer caldo, as partes dos legumes que não comemos para caldo de legumes. E para poupar tempo, pode fazer este chilli de 3 feijões a dobrar e congelar metade, para um dia em que não tenha tempo.

Read Full Post »

O ritmo das semanas repete-se. Poucas horas para tanta coisa, muito cansaço para tão pouca vontade de cozinhar. Mas a cozinha é terapia, pelo menos para mim. E já aconteceu muitas vezes pensar fazer algo tão simples como umas torradas esfregadas com alho, cobertas de tomate maduro e regadas a bom azeite e pronto, está o jantar feito, e dar por mim no meio de várias panelas, sertãs e coisas semi-cozinhadas. As mãos e os ingredientes levam-me, às vezes, e no meio deles consigo desligar.

Mas mesmo sendo terapia, nunca há tempo, paciência ou energia para grandes aventuras culinárias, durante a semana. As coisas simples, que se fazem depressa, de preferência com intervalos para mais umas linhas de estudo ou mais uns exercícios, são a salvação dos jantares.

Não sei como é que esta receita nunca veio aqui parar. Acho que pensei várias vezes nela, mas achei sempre que não daria uma boa fotografia. E que era, talvez, um pouco desinteressante. Mas depois de a ter feito três vezes em três semanas, de me ter sabido sempre tão bem e de se fazer tão depressa, achei que não podia continuar a deixá-la fora do Caos.

Não é novidade para quem me lê que nós por cá gostamos muito de comidas bem temperadas. E durante uns anos comprámos daqueles kits de comida mexicana, uns para burritos e outros para fajitas. Eram bons, traziam os temperos todos e eram fáceis. Quantos jantares de burritos fizemos com os amigos! O divertido que era estarmos todos à volta da mesa a tentar enrolar a tortilla sem que a carne fugisse, o tomate caísse e o molho nos ensopasse os dedos.

Entretanto passou-nos. Mas a comida mexicana continua a apetecer cá por casa. Os kits nunca mais comprámos (embora eu deva dizer que acho que nunca serei capaz de fazer um tempero para burrito tão bom como o deles), mas as fajitas continuam a aparecer à nossa mesa. Daqui e dali, de uma receita e de outra, construí o meu tempero e agora faço-as eu, sem kit nem pacote. Só as tortillas é que continuam a ser das compradas, que não há máquina nem paciência para as abrir tão fininhas.

Fajitas

.

Fajitas de frango
(para 2 pessoas)

  • 2 bifes de frango
  • 1 pimento vermelho
  • 1 cebola grande
  • 1 colher chá de paprika
  • 1 colher chá de cominhos
  • ½ colher chá de piri-piri em pó (ou mais, se quiser)
  • 1 colher chá de orégãos
  • sumo de 1 limão
  • sal

Para servir:

  • 6 tortillas
  • queijo ralado (eu prefiro mozzarella)

Comece por cortar o frango em tiras finas e compridas. Coloque num recipiente, regue com o sumo do limão e adicione as especiarias e sal. Misture tudo muito bem, para que todos os pedaços de frango tenham uma leve capa de especiarias e deixe marinar umas horas (pode deixar de um dia para o outro; eu, em desespero de causa, deixo marinar 30 minutos).

Corte o pimento em tiras finas e a cebola em gomos. Numa frigideira larga, aqueça um generoso fio de azeite e frite ligeiramente cebola e pimento, até que comecem a ficar um pouco moles e a cebola se mostre dourada. Retire para um prato e reserve.

Acrescente um bocadinho mais de azeite à frigideira e frite as tiras de frango, cerca de 1 minuto de cada lado. Junte a cebola e o pimento reservados, uma pitada de sal e mexa bem. Acrescente um pouco de água, de forma a fazer algum molho, mas mesmo só um bocadinho. Deixe cozinhar mais uns minutos (tendo o cuidado de não cozinhar demasiado o frango, para que não fique seco), acerte o sal se necessário e retire para um recipiente.

As tortillas devem apenas ser aquecidas. Costumo empilhar as seis e levar 1 minuto ao microondas.

Para comer, coloca-se a tortilla no prato, por cima um pouco da mistura de frango, pimento e cebola, polvilha-se com o queijo ralado e dobra-se a tortilla – mais ou menos como mostra o Jack.

.

Em menos de nada está o jantar pronto. E é uma refeição completa. Costumo acompanhar com uma salada, que vamos petiscando entre trincas e malabarismos para não deixar que a fajita se desmanche.

Read Full Post »

Cá por casa ainda não há crianças. E este 4 por 6 vem uma semana atrasado relativamente ao dia da criança. Mas enquanto tentava montar o prato para as fotografias ocorreu-me que parecia comida de brincar. De comer a brincar, pelo menos. Um prato assim, desconstruído, de onde apetece beliscar daqui e dali.

4por6

Esta semana portámo-nos um bocadinho mal. Trazemos uma sugestão que é assim quase prima do hamburger com batatas fritas. Que não tem nada de mal, de vez em quando. Nós somos grandes fãs de hamburger com batatas fritas. Mas comer fritos não é muito bom para a saúde, como todos sabemos. Olhem, foi o nosso pecado do dia da criança. Para fazer felizes as crianças que vivem em nós!

4 por 6 0806 II

.

Almôndegas de porco com chips sortidas

Almôndegas

  • 440g carne de porco picada
  • 4 colheres sopa de queijo parmesão (se for do fresco ralado na hora melhor ainda)
  • 3 colheres sopa de bacon ralado (usei o microplane)
  • 1 cenoura grande ralada fina
  • 3 dentes de alho ralados
  • 1 colher café de cominhos
  • 1 colher café de paprika
  • 1 colher chá de sal fino
  • 1 colher café de alecrim em pó (eu desfiz o seco no almofariz)
  • 1 pitada de piri-piri em pó
  • 1 ovo
  • farinha de mandioca para dar liga (ou pão ralado)

Num recipiente grande, colocar a carne de porco, as especiarias, parmesão, alho, bacon, cenoura e misturar tudo muito bem – primeiro com um garfo, depois com as mãos. Acrescentar o ovo e misturar. Ir adicionando aos poucos a farinha de mandioca (que usei por não haver pão ralado em casa) até conseguir uma massa moldável.

Moldar pequenas bolas (eu prefiro almôndegas pequeninas, daquelas que dão uma trinca, duas no máximo), que podem ser congeladas. Estes ingredientes fazem aproximadamente 45 pequenas almôndegas (sendo que, por pessoa, eu recomendo 10 para adultos e 8 para crianças).

Prefiro cozinhar as almôndegas descongeladas, sobretudo se não as vou cozinhar em molho (como faria para preparar um prato de pasta e almôndegas em molho de tomate). Portanto descongelei-as. Pincelei uma frigideira grande e anti-aderente com uma colher chá de azeite e quando estava quente acrescentei as almôndegas, que fritei/grelhei dos dois lados, até estarem cozinhadas por dentro mas não secas.

 .
Chips sortidas

  • 2 batatas grandes
  • 1 batata doce grande
  • 2 beterrabas médias

Com a ajuda do mandolim, cortei todos os tubérculos em fatias finas. Coloquei-os em água gelada durante cinco minutos. Escorri, sequei-os bem e fritei em óleo bem quente. Quando prontas, sequei-as bem em papel absorvente e temperei com flor de sal e orégãos.

.

Salada de alface e nozes

  • 1 alface média
  • 1 punhado de nozes
  • 5 colheres sopa de azeite
  • 2 colheres sopa de vinagre de vinho tinto
  • 1 colher chá de mostarda
  • sal

Lavei as folhas de alface, sequei-as bem e cortei-as em fatias finas. Acrescentei as nozes cortadas em metades e temperei com uma vinagrete feita com o azeite, o vinagre e a mostarda, bem batidos até formarem uma emulsão. Misturei bem e polvilhei com flor de sal.

4 por 6 0806 I

Cá em casa não somos os maiores fãs de almôndegas. Nunca as compramos já prontas. Nunca as comemos em restaurantes. Isso porque achamos que as almôndegas são sempre mal feitas. As dos restaurantes são feitas com restos de carne e, por isso, já perdem em sabor e qualidade. As congeladas… bem, essas não sei o que se passa com elas, mas a verdade é que não sabem bem. Por isso preferimos fazer as nossas. É muito fácil e num curto espaço de tempo fazem-se almôndegas suficientes para várias refeições, que se podem congelar e guardar para quando for mais conveniente. E se forem bem feitas e bem temperadas podem ser deliciosas. Estas são muito saborosas!

Os chips sortidos foram uma surpresa. A batata doce muito saborosa, a beterraba também. E as de batata, as normais, são sempre deliciosas. Eu também sou daquelas que tem um fraco por batatas fritas. Das boas, que das congeladas dispenso.

.

Para a sobremesa, cerejas de saco, as minhas favoritas, rijas e sumarentas e doces. Vieram directamente de Resende, do Festival da Cereja, onde os meus pais foram no dia 31 de Maio.

E as contas:

4 por 6 08-06

As cerejas não eram bem estas, mas até foram mais baratas. As contas estão feitas para as 45 almôndegas que consegui, sendo que aqui na receita se usará, no máximo, 40.

Read Full Post »

Cá gostamos de sabores fortes. Comida com presença, com personalidade, daquela que nos leva a viajar pelo longe e a distância, nem que seja só de boca. Nunca comemos comida com pouco sabor. Tudo leva ervas, especiarias ou outros ingredientes de sabor marcado. Tudo apura, tudo marina, tudo tem sabor.

A repetição tem sentido. Não só preferimos a comida assim, como temos alguma dificuldade em comer com prazer comida com pouco sabor. As nossas papilas já se habituaram à estimulação e não se satisfazem com menos. Não quero dizer que tudo o que cá se come seja picante ou tão forte que não se sentem os sabores de umas coisas e outras. Nada disso. Nos pratos fortes, tão ou mais do que nos outros, os sabores devem complementar-se e realçar-se mutuamente. O equilíbrio é fundamental.

A comida indiana, por tudo o que foi dito acima, é das nossas favoritas. Não sou perita em cozinhá-la, nem nada próximo disso. Vou fazendo algumas experiências, com ajuda de várias fontes, aprendendo com as tentativas, minhas e dos outros. Às vezes, há pratos que são para guardar, para passar ao reportório habitual, de tão bons e fáceis que são.

frango com caju II

.

Frango em molho de castanha de caju
(do livro Indian)

Ingredientes

(4 pessoas)

  • 2 cebolas médias
  • 2 colheres sopa de pasta de tomate
  • 50g castanhas de caju (usei umas com piri-piri, que tinha comprado por engano)
  • 1 colher chá de sementes de cominhos
  • 1 colher chá de sementes de coentros
  • ½ colher chá de cardamomo (as sementes internas, sem as cascas)
  • 1 colher chá de alho ralado
  • 1 colher chá de chilli em pó
  • 1 colher sopa de sumo de limão
  • ¼ colher chá de açafrão-da-índia (curcuma)
  • 1 colher chá de sal
  • 1 colher sopa de iogurte natural
  • 2 colheres sopa de óleo
  • 2 colher sopa de coentros frescos picados
  • 1 colher sopa de sultanas (não usei)
  • 450g de frango, sem osso, sem pele e cortado em cubos
  • 175g de cogumelos brancos
  • 300ml de água

Comece por preparar as especiarias: coloque uma frigideira robusta no fogão, em lume médio, e torre ligeiramente as sementes de cominhos, coentros, cardamomo e pimenta. Quando começar a sentir-lhes o cheiro, retire-as para um almofariz e triture até obter um pó. (em alternativa a estas especiarias, pode utilizar 1 ½ colher chá de garam masala pré-preparado). Reserve.
Corte as cebolas em quartos e coloque-as num processador ou no copo da varinha mágica. Processe durante 1 minuto. Junte a pasta de tomate, as castanhas de caju, as especiarias trituradas, o alho, chilli, sumo de limão, açafrão-das-índias, sal e iogurte e processe durante 1-1½ minutos.

Numa panela, aqueça o óleo (não o substitua por azeite – nesta receita é melhor usar um óleo de sabor mais neutro) em lume médio. Junte a mistura processada e frite durante 2 minutos, baixando o fogo se necessário. Acrescente metade dos coentros picados, as sultanas (se usar) e o frango e continue a fritar mais 1 minuto. Junte os cogumelos, a água e deixe ferver. Cubra então e cozinhe, em fogo baixo, durante 10 minutos.

Após este tempo, verifique se o frango já está cozinhado e o molho grosso. Cozinhe por mais algum tempo, se necessário. Se precisar de engrossar o molho, cozinhe mais uns minutos com a panela destapada.

Sirva polvilhado com os restantes coentros e, se quiser, para dar um toque crocante, com um punhado de castanhas de caju.

frango com caju III

Cá em casa serviu-se com arroz basmati e com um pão folhado que costumo comprar no supermercado do El Corte Inglês. Julgo que são uma espécie de parathas e costumo prepará-las de forma muito simples: um pouco de manteiga por cima (se for manteiga de alho, tanto melhor) e coentros e cominhos triturados. Vai a forno quente até “pufar” e está pronto.

Read Full Post »

A primeira ronda 4 por 6 terminou na passada sexta-feira. Olhando para todas as ideias publicadas (podem vê-las aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) e para todos os comentários acho que foi uma primeira volta muito bem sucedida, cheia de ideias interessantes, dicas de poupança importantes e, sobretudo, de pratos saborosos. Meninas, parabéns!

.4por62

A segunda volta começa hoje e começa comigo. Como vocês já sabem, cá por casa come-se muito pouca carne. E, portanto, a ideia desta semana reflecte um pouco a nossa alimentação. Para além disso, não há melhor forma de poupar do que fazer algumas refeições vegetarianas: é incrível como o preço por refeição baixa se substituirmos a proteína da carne por uma proteína vegetal. Para além disso, é muito mais sustentável em termos ambientais, já que a produção de carne é muito mais poluente e muito menos eficiente. Se quiserem saber mais sobre dietas menos ricas em carne, espreitem este artigo do NYTimes. É muito interessante.

Mas, dizia eu, a refeição desta semana é vegetariana. Fomos novamente, eu, o Zé e o Excel para a cozinha e de lá saiu isto:

4-por-6-ii

.

Falafel & Couscous

Falafel com courgette

(receita daqui)

  • 400g de grão de bico já cozido
  • 200g de courgette ralada
  • 1 cebola
  • ½ colher chá de paprika
  • ½ colher chá de cominhos
  • ½ colher chá de fermento em pó
  • 1 ovo
  • 1 punhado de folhas de salsa (ou coentros)
  • migalhas de pão (2 pães secos finamente picados no processador)
  • sal

Coloque a cebola, a paprika, os cominhos e o fermento no processador e pulse até estar finamente picado. Junte a courgette e o grão-de-bico e pulse novamente para picar tudo grosseiramente. Finalmente, junte uma pitada de sal e a salsa e pulse o suficiente para que a salsa fique bem picada e distribuída (se os quiser mais desfeitos, pode pulsar mais, mas não é necessário).

Passe a mistura para uma tigela e adicione um ovo ligeiramente batido. Misture bem. Como a massa vai, agora, ficar demasiado húmida, acrescente migalhas de pão suficientes para formar uma massa moldável.

Faça bolas com a massa, passe em mais pão picado (ou em pão ralado, se preferir) e frite em óleo bem quente. Pode também congelá-las antes da fritura, como faria com croquetes.

 

Couscous com legumes grelhados
Ingredientes:

  • 1 beringela grande (400g)
  • 1 pimento vermelho grande (250g)
  • 2 tomates médios (300g)
  • 250g de couscous
  • 2g de hortelã
  • 40g de amêndoas com casca
  • sumo de 1 limão pequeno
  • azeite
  • sal

Corte a beringela em rodelas grossas e o pimento em fatias. Grelhe-os num grelhador (o das tostas mistas ou no grelhador de fogão) até estarem tenros (cuidado, a beringela cozinha muito mais depressa que o pimento). Retire-os para um prato, retire a pele ao pimento, corte-os em pedaços, regue com uma colher de sopa de azeite e reserve. Coloque o couscous numa tigela e despeje sobre ele o dobro do volume de água a ferver (1 chávena de couscous = 2 chávenas de água a ferver). Mexa com um garfo e deixe abrir. Corte os tomates em cubos e adicione aos legumes grelhados. Corte as amêndoas em lâminas e torre-as ligeiramente numa frigideira limpa, bem quente. Adicione aos legumes grelhados. Entretanto, faça o molho: pique finamente a hortelã e coloque-a numa tigela. Acrescente uma pitada de sal fino, o sumo de um limão pequeno e o dobro da quantidade em azeite. Bata bem até emulsionar. Entretanto o couscous já abriu. Misture os legumes e as amêndoas ao couscous e envolva bem. Acrescente o molho e misture.

.4-por-6-ii2

Cá em casa o couscous é ponto de discórdia: eu adoro, o Zé detesta. Mas ontem lá fez o sacrifício, pelo bem do 4 por 6. Os falafel estavam muito bons, crocantes por fora e húmidos por dentro, e muito saborosos. As amêndoas deram ao couscous um toque crocante e a hortelã um toque aromático. Foi uma refeição leve e completa, que não perdeu em nada pelo facto de não ter proteína animal. Aliás, o grão-de-bico é muito rico em proteínas e pobre em gorduras, sendo as que contém, na sua maioria, polinsaturadas (ao contrário da carne).

Como o prato principal foi leve e barato, sobrou ainda espaço, na barriga e no orçamento, para uma sobremesa mais rica:

4-por-6-ii3

.

Soufflé de chocolate
(receita daqui)

Ingredientes:

  • 1 colher sopa de manteiga para untar os ramequins
  • 75g de açúcar mais algum para os ramequins
  • 60g de chocolate de boa qualidade, derretido
  • 3 ovos
  • 1 pitada de sal
  • ¼ colher de chá de cremor tártaro (à venda em algumas farmácias; obrigada Marizé!)

Pré-aqueça o forno a 177ºC. Unte 4 ramequins pequenos com manteiga e polvilhe-os com açúcar, removendo o excesso.

Bata as claras com o sal e o cremor tártaro até que formem picos suaves. Continue a bater e adicione, gradualmente, 1 colher sopa de açúcar (retirado às 75g). Bata até que estejam brilhantes e bem duras. Retire para uma tigela, gentilmente para não quebrar, e reserve.

Bata as gemas com o restante açúcar, até obter uma massa leve e espessa. Adicione o chocolate derretido e misture até que esteja homogéneo. Acrescente uma boa colher das claras e bata bem, para aligeirar a mistura de chocolate. Acrescente as restantes claras e, com uma espátula de borracha, envolva-as suavemente, com movimentos redondos, tentanto ao máximo não as quebrar.

Transfira o preparado para os ramequins, enchendo-os até ao topo. Leve ao forno por 12-14 minutos. Sirva de imediato.

.

Foi a primeira vez que fiz soufflé. E, claro está, plantei-me, rabo no chão, em frente ao forno a vê-los crescer. E cresceram! Mas minutos depois de os tirar do forno já tinham murchado. Felizmente ainda os consegui apanhar, “suflados” e lindos, para a fotografia. Esta receita faz 4 soufflés pequenos, ideais para uma sobremesa ligeira, e são muito fáceis de fazer. E mesmo que não fiquem bonitos, continuam a ser deliciosos.

.

Vamos, então, a contas:

4-por-6-ii-tabela

Na contabilização de preço não estão incluídos o azeite, sal, paprika, fermento e cominhos porque são daquelas coisas que tenho sempre em casa. A salsa não está por esquecimento, mas tenho a certeza que os 0,35€ que sobraram seriam suficientes para colmatar essa falha.

Read Full Post »

Como já vos disse, sobrou muito porco. Das várias coisas que fiz com ele, esta foi uma das mais saborosas. É um prato que faço normalmente, quando tenho de improvisar o jantar, e que nos sabe muito bem. Além disso, é fácil e rápido e pode ser feito com sobras de qualquer tipo de carne ou com um peito de frango que ande perdido pelo frigorífico – nós temos muitas vezes esse problema, uma vez que somos dois e as embalagens normalmente trazem três peitos.

enchilada-de-porco-i

.

Enchiladas de porco e feijão preto

Numa frigideira grande, com um fio de azeite, alourei bastante alho e uma cebola picada. Juntei uns cubinhos de bacon e um tomate maduro, cortado em cubos. Acrescentei um bocadinho de polpa de tomate e meia lata, das pequenas, de feijão preto. Temperei com sal, piri-piri, cominhos, alho em pó e uma pitada de paprika. Deixei apurar e misturei duas medidas de porco desfiado, desligando o fogo em seguida. Com este refogado, recheei duas daquelas tortillas que tenho sempre em casa, enrolando-as e fechando as pontas para dentro do rolo. Coloquei-as numa travessa de forno e reguei com uma mistura feita com a varinha mágica: um tomate maduro, um fiozinho de azeite, orégãos, sal e uma pitada minúscula de cominhos. Por cima, mozzarella ralado ou esfarelada à mão. Vai ao forno a 200ºC, até estar dourado.

.

Esta receita é excelente porque, se acompanhada por uma salada, é completa e não muito pesada. Sabe mesmo bem naquelas noites de sofá, em que ao jantar se segue um filme ou dois e longas e exaustivas doses de fazer nenhum.

.

(apesar de muito boas, as enchiladas são horríveis de fotografar. Bem piores que as massas! Por isso desculpem-me por não incluir nenhuma fotografia do interior, mas não consegui nenhuma apresentável)

Read Full Post »

Older Posts »