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Archive for the ‘Rúcula’ Category

Continuamos na despedida do Verão, com o Outono já a dar ares de ter chegado em força. Os tomates vieram atrasados este ano, dizem-me. Ainda vão durar 2 semanas. Faço planos para aproveitar ao máximo estes últimos quilos, já que tomate fresco outra vez só para o ano.

As despedidas vão-se misturando com a necessidade de coisas rápidas. Com o Outono voltaram também as aulas, num ano que se espera mais tranquilo mas, simultaneamente, mais desafiante e interessante. Que bom é aprender coisas novas todos os dias. E para manter o cérebro estimulado, que a preguiça é coisa a que me habituo facilmente, aprendo também na cozinha.

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Massa com molho de tomate e pimento assado

(2 pessoas)

  • 200g spaguetti
  • 40g bacon, em cubos pequeninos
  • 1 cebola, em cubos pequeninos
  • 1 tomate coração de boi grande e bem maduro
  • ½ frasco de pimentos vermelhos assados (ou mais ou menos, a gosto)
  • 3 dentes de alho
  • 1 medida de nozes
  • 2 punhados de rúcula
  • piri-piri em flocos (ou em pó)
  • azeite
  • sal

Coza a massa em água temperada de sal, até estar quase al dente. Faça isto enquanto faz o molho, para melhor sincronia dos tempos de cozedura e a massa não ficar demasiado cozida.

Numa frigideira seca, frite o bacon levemente. Retire e reserve. Na mesma frigideira, sem limpar, aloure a cebola num fio de azeite. Moa meia colher de chá flocos de piri-piri (ou acrescente seco) para cima da cebola e mexa bem.

Enquanto a cebola aloura, triture, com a varinha mágica, o tomate, os pimentos e os dentes de alho, até obter um molho grosso. Quando a cebola estiver dourada, acrescente este molho à frigideira. Reduza para fogo médio e cozinhe 2-3 minutos. Acrescente o bacon e as nozes grosseiramente picadas.

Escorra a massa e junte-a ao molho, ainda na frigideira. Junte 2-3 colheres da água de cozedura e mexa bem, para que toda a massa seja envolvida pelo molho. Deixe engrossar (30 segundos a 1 minuto devem ser suficientes; mais não, para que a massa não fique demasiado mole) e sirva com folhas de rúcula e um fio de azeite cru.

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Este prato tem um leve sabor fumado, do bacon e dos pimentos, que nos agradou muito. É daquelas macarronadas de deixar lábios e pratos manchados de vermelho e uma sensação mista de sabores familiares e novos, como se a avó italiana que nunca tivemos resolvesse, de repente, dar um toque diferente a um velho conhecido. Conquistou-nos pelo estômago e ganhou lugar nos eternos retornos da nossa cozinha.

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Às vezes o meu frigorífico é um armário de restinhos: um bocadinho de um queijo, umas nozes soltas, uma mão cheia de massa de pão. E esses restinhos às vezes não chegam para mais nada e pedem uso e olham-me dos seus cantos, de cada vez que abro o frigorífico. Mas um restinho, dois restinhos, três restinhos juntam-se e fazem um restão, grande e saboroso, que chega para uma refeição. Para um almoço rápido, um lanche elaborado, um jantar leve. Para deixar feliz a barriga e feliz a consciência, por não ter deitado nada fora.

E foi assim que, no outro dia, abri a porta do frigorífico e me deparei com um pedaço da massa de pizza da Hannah, que é aquela que tenho feito ultimamente. Era um pedaço pequeno, que não chegava para uma pizza. (Ou chegava para uma pequenina, mas apeteceu-me variar). Ao lado, umas folhas de rúcula, sozinhas e que, essas sim, não chegavam para uma salada. Umas azeitonas pretas, umas nozes, um naco de queijo, um cheddar suave. Agarrei neles todos e deitei mãos à obra.

pão recheado II

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Pão recheado

Massa de pizza

  • 3 ¾ medidas de farinha
  • 1 colher chá de fermento biológico seco
  • 1 colher chá de sal fino
  • 2 colheres sopa de azeite
  • 1 ½ medidas de água morna (quase fria)

Um bocadinho desta massa, do tamanho de uma laranja. Abri-a bem fininha, numa superfície enfarinhada, numa forma mais ou menos oval. Por cima, o queijo ralado grosso, as azeitonas e as nozes picadas, a rúcula, um fio de azeite, uma pitada de sal e umas folhas de manjericão, rasgadas à mão. Enrolei sem apertar e deixei levedar meia hora, para que a massa ficasse com mais ar.

pão recheado

Pincelei com azeite, dei-lhe umas tesouradas e assei depois em forno pré-aquecido a 200ºC, sobre um tabuleiro de forno também pré-aquecido, até estar inchado e dourado.

Retirei e deixei aquecer sobre uma grade. Depois fatiei e comi. E comi. E comi mais um bocadinho.

pão recheado III

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Estava bom. Muito bom. Aqueles ingredientes desgarrados, com ar de coitadinhos dentro do meu frigorífico mostraram toda a sua gratidão dentro do punhado de massa de pão. E agora agradeço-lhes eu, pela refeição.

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Em primeiro lugar tenho de pedir desculpas: o 4 por 6 deveria ter ido para o ar ontem, mas com as confusões da Páscoa não foi possível. Vai para o ar hoje, atrasado mas, espero, ainda assim delicioso!

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Se há coisa que cá em casa se faz (e se come!) bem, é pizza. Não variamos muito – aliás, não variamos quase nada. Não gostamos de pizzas com muitos ingredientes, preferimos as mais simples, duas ou três coisas por cima, massa caseira, molho também. Fazemos pizza pelo menos uma vez por semana e por isso achámos que seria boa ideia criar uma pizza equilibrada e nutritiva, saborosa e que alimentasse 4 pessoas a baixo custo. Bem feita, uma pizza é uma refeição completa!

Começámos por trabalhar no molho – é a melhor forma de introduzir legumes na pizza, sem grandes alterações de paladar, tornando-a mais rica nutricionalmente. Fizemos um molho com vários legumes, molho esse que pode ser feito em quantidades maiores e congelado em porções individuais, para usar com pizzas ou pastas, ser base de almôndegas ou até barrar sanduíches.

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Pizza com molho de legumes

Massa:

  • 2 e ¼ medidas de farinha (um pouco menos que 500g)
  • ½ colher sopa de fermento biológico
  • ½ colher sopa de sal fino
  • ½ colher sopa de açúcar
  • 1/8 medida de azeite
  • 1 medida mal cheia de água morna
  • 1 pitada de orégãos secos

A massa pode ser feita à mão ou na máquina de fazer pão. É muito mais fácil nesta última, que além de amassar fornece uma temperatura óptima para a massa levedar. Mas à mão também não é difícil. Esta massa tem a grande vantagem de poder ser feita a dobrar e congelada. Pode ser tornada ainda mais nutritiva e saudável se se usar uma mistura de farinha branca e integral.

Misturam-se os ingredientes secos muito bem. Acrescentam-se água e azeite e amassa-se até formar uma bola. Depois é preciso tender durante 3 ou 4 minutos – como a pizza não é coisa que precise de crescer muito, a massa não precisa de ser amassada durante muito tempo. Deixa-se levedar, em lugar quente e seco, durante 1 ou 2 horas (ou durante a noite no frigorífico, retirando 1 hora antes de usar).

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Molho:

  • 1 beringela pequena (ou meia grande)
  • 1 courgette pequena
  • 2 tomates maduros
  • 3 dentes de alho
  • ½ pimento vermelho
  • sal
  • azeite
  • manjericão seco

Liga-se o forno a 200ºC. Corta-se a courgette em quartos no sentido do comprimento, a beringela em rodelas grossas e o pimento em pedaços grandes. Dá-se dois golpes em cruz no cimo dos tomates. Colocam-se os legumes todos num tabuleiro de forno, mais os 3 dentes de alho não descascados (evita que se queimem). Duas ou três gotas de azeite em cima de cada pedaço, acrescenta-se uma pitada de sal grosso e outra de manjericão. O tabuleiro vai ao forno até tudo estar assado.

Pelam-se então os tomates e o pimento, descascam-se os alhos e coloca-se tudo no copo da varinha mágica. Uma colher de sopa de azeite, mais um bocadinho de sal e manjericão e passa-se tudo muito bem. Está pronto o molho.

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Recheio:

  • 1 cebola grande
  • 70g de bom chouriço de carne
  • 1 bola de mozzarella fresca
  • 40g de rúcula
  • orégãos

Mantém-se o forno ligado a 200ºC. Numa frigideira, aloura-se a cebola cortada em meias luas, num fio de azeite. Quando estiver dourada e ligeiramente tostada, retira-se do lume e reserva-se. Estende-se a massa num tabuleiro de forno levemente polvilhado com farinha, formando um grande rectângulo (ou divide-se em quatro e fazem-se quatro pequenas pizzas individuais). Espalha-se molho de tomate por cima (pode não ser preciso todo, a pizza fica melhor se não levar excesso de molho), o chouriço cortado em meias-luas finas. Acrescenta-se a cebola alourada e a mozzarella, rasgada em pedaços. Polvilha-se com orégãos e vai a assar até a massa estar dourada e o queijo derretido e levemente tostado.

À parte, tempera-se a rúcula com um fio de azeite, sal e orégãos (muito pouco tempero). Retira-se a pizza do forno e coloca-se a rúcula por cima. Corta-se em quatro e está pronta a comer!

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A pizza caseira costitui uma refeição equilibrada e muito versátil. Pode ser feita com quase tudo, trocando o chouriço por bacon ou pedaços de frango desfiado que tenha sobrado de uma outra refeição. Em vez de rúcula pode levar agriões ou canónigos, cogumelos em vez da cebola. E estas alterações de que falei podem ser feitas quase sem alterações de preço.

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Para a sobremesa, morangos frescos e maduros, sem adição de açúcar e polvilhados com raspa de um limão.

 

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Vamos a contas:

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Dica de poupança: Quase tudo na nossa cozinha se recicla. Tentar tirar o máximo proveito de tudo o que entra em nossa casa é não só bom para o bolso como ainda é uma óptima contribuição para o ambiente. O pão seco, por exemplo, pode ser todo guardado e, com a ajuda de um processador, transformado em pão ralado. Pode ainda torná-lo mais interessante com a adição de ervas aromáticas secas ou de alho em pó. Assim, em vez de o comprar no supermercado, temos em casa pão ralado, mais fresco e com os sabores que mais nos agradam, praticamente a custo zero.

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Regressemos ao porco

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No meio da confusão, o porco, que é tão bom, passou despercebido. Por isso resolvi puxá-lo novamente para a ribalta e sigamos para bingo – afinal, este é um blog sobre comida, não sobre boas maneiras blogosféricas.

Seguindo o conselho da Fine Cooking, fiz mais porco do que o que seria necessário para duas pessoas. As sobras, garantiam-me, iam ser tão ou mais saborosas e garantir refeições rápidas e fáceis nos dias seguintes – o sonho de qualquer pessoa que almoça sozinha todos os dias. Portanto, sobrou porco.

Tenho de confessar que não gosto de carne re-aquecida. Se com quase tudo o resto não me importo, com as carnes tenho sérios problemas. Não gosto do sabor com que ficam. E portanto a minha primeira refeição rápida e fácil com as sobras do porco foi com porco frio.

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Fiz uma salada de rúcula, temperada com azeite e muito pouco vinagre. Cortei um tomate em cubinhos e piquei um bocadinho de cebola. Peguei numa tortilla daquelas que costumo ter sempre em casa e nela coloquei a salada, o tomate, a cebola e por cima o porco. Uma pitada minúscula de flor de sal, outra mais generosa de orégãos e estava pronto o almoço. O porco é tão saboroso que precisa de poucos floreados. A cebola crua trouxe um contraste muito agradável e fresco. E acho que também teria ficado óptimo com uns coentros picados por cima, mas não havia. Ou com queijo esfarelado por cima. Ou…

Foi simples, foi rápida e foi deliciosa. E ainda sobrou carne para mais!

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Seja porque estou a chegar do ginásio e não me apetece mais nada, seja porque não quero cozinhar só para mim, ultimamente tenho feito almoços muito leves e rápidos, que me deixam sem fome mas não pesada.

Um destes dias, com uma alface e rúcula no frigorífico mas sem vontade das saladas costumeiras, abri a caixa fria em busca de inspiração. De lá saíram uma beringela, uma courgette, um pimento vermelho, azeitonas pretas e as já mencionadas folhas verdes.

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Cortei umas quatro ou cinco fatias finas de courgette e de beringela, umas 3 de pimento vermelho e temperei-as todas, num prato, com azeite, alecrim (muito pouco!), sal e alho em pó. No grelhador de prensa, aquele em que fazíamos tostas mistas quando chegávamos a casa depois das discotecas, grelhei as fatias dos legumes, com a prensa fechada para ser mais rápido. Quando já estavam levemente grelhados mas sem estarem completamente cozidos (uns 2 ou 3 minutos, se tanto) retirei-os do grelhador, cortei-os em pedaços mais pequenos e retornei-os ao prato de tempero, onde ainda havia um pouco de azeite e ervas. Juntei-lhes umas folhas de hortelã finamente picadas e misturei bem. Entretanto lavei a alface, sequei-a bem e cortei-a em tiras. Juntei-lhe um pouco de rúcula e mais hortelã bem picada. Temperei com um fio de azeite e outro de balsâmico e uma pitada de sal. Coloquei estes verdes num prato e, sobre eles, os legumes grelhados e 3 ou 4 azeitonas, o suficiente para dar sabor às garfadas.

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Comi na varanda, ao sol que se fazia sentir, apesar do frio. O sabor da hortelã avivou-se com o calor dos legumes e todo o prato libertava um suave perfume que me enchia as narinas enquanto comia. A repetir, sem dúvida. Deliciosa!

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Dezembro é o mês da falta de tempo. Por mais que se estique, puxe e corra nunca dá para tudo. Cá em casa desdobramo-nos em compras feitas ainda em Novembro, noites fugidas para algumas últimas prendas que faltam e a sempre eterna fuga aos shoppings em Dezembro. Cinema? Nem pensar! Fnac? No mês que vem! E as coisas vão sendo feitas, decoradas, compradas e os almoços e jantares comidos.

O almoço, para ajudar, tem sido de pressa e preguiça. Normalmente tento fazer jantar a mais para ter almoço para mim no dia seguinte. Mas às vezes o marido gosta tanto do jantar que não sobra – nunca pensei que cozinhar bem pudesse ter desvantagens além dos óbvios quilos a mais. E às vezes não é comida de sobrar ou não jantámos em casa ou não jantámos ponto. E eu cada vez gosto menos de cozinhar só para mim.

Mas as tentativas de desenrascar qualquer coisa rápida são normalmente muito mais saudáveis e saborosas do que as refeições congeladas de antigamente. E cá em casa havendo bom pão (que há sempre) é fácil resolver o problema!

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Num fio de azeite estrelei um ovo dos dois lados (não gosto da gema muito crua quando é para comer no pão). Escorri bem e sequei em papel de cozinha. No microondas (o electrodoméstico mais inútil desta casa), o truque que aprendi com a Ana Maria Braga nos tempos em que havia GNT e a televisão brasileira era gratuita, cá em Portugal: duas folhas de papel de cozinha e, no meio delas, duas fatias bem fininhas de bacon. Vai ao microondas uns dois minutos e o bacon está sequinho, praticamente sem gordura, e crocante! Muito melhor que frito e muito mais saudável.

Na torradeira adianto o pão, alentejano, que pincelo com o azeite dos tomates secos. Dentro, rúcula, tomate seco do meu, o ovo, o bacon e pedacinhos de mozzarella. Orégãos por cima, a outra metade do pão e prensa nele.

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Uns minutos para a fotografia (que isto de ter blog de culinária não se compadece com as pressas) e a sanduíche foi devorada num instantinho. Mesmo a tempo de sair a correr que, como diria o Coelho Branco da Alice no País das Maravilhas, é tarde!

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Tortillas de trigo frescas, folhas de rúcula, tomate seco feito em casa (acho que nunca mais comprarei tomate seco na vida), pedaços de mozzarella. Um almoço corrido, rápido de fazer e comer que o tempo não pára e a pressa era muita.

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Actualmente, a minha pasta favorita é o linguine. E tenho tido a sorte de encontrar e comprar da marca Barilla, uma excelente marca de pasta. O linguine é óptimo para receitas leves, com pouco ou nenhum molho, que são as que mais apetecem no calor e as que mais tenho feito.

Na semana passada, num dos meus almoços solitários, abri a gaveta dos legumes e encontrei uns espargos a pedir, desesperadamente, uso. Estavam lá há semanas – ora me esquecia deles, ora não sabia bem que lhes fazer. Foram comprados para servir, escaldados, com um almoço pesado de barriga de porco, e sobraram alguns. Tinham mesmo de ser usados ou arriscavam-se a ir para o lixo, impróprios para consumo, nos dias mais próximos. E foi assim que se tornaram parte de uma receita muito fácil, muito rápida, muito leve e um excelente almoço.

Numa frigideira grande, salteei, num fio de azeite, três dentes de alho em lâminas muito finas. Adicionei os espargos cortados em pedaços e cozinhei até ficarem tenros. Juntei o linguine, cozido e escorrido, al dente, alecrim fresco, uma pitada de sal e envolvi bem. Numa vasilha com alguma profundidade, coloquei a mistura da frigideira, juntei bastante rúcula fresca, um fio de azeite e um pouco mais de alecrim. Com dois garfos misturei bem, servi e comi, sozinha com o meu livro. Hmmm….

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Pizza é uma coisa que faço muito em casa. E que raramente como fora. Custa-me, nos dias de hoje, comer pizza fora de casa quando a minha, caseira e fresca, me sabe sempre muito melhor. Normalmente só como pizza fora de casa quando feita em forno a lenha. Porque têm aquele saborzinho especial.

Mas como eu dizia, pizza é coisa que faço muito. Com massas diferentes, molhos diferentes, ingredientes não muito diferentes. Não vario muito, gostamos da minha versão. Além disso sou daquelas pessoas que abomina certas coisas na pizza – sobretudo o ananás.

Não vario no recheio, mas vario nos outros básicos: experimento quase sempre uma receita de massa diferente, em busca da massa perfeita. Ainda não a encontrei, mas também ainda não experimentei todas as que tenho guardadas, à espera. Quero uma massa saborosa, que fique fina e crocante, que acrescente algum sabor, sem deixar de ser uma boa base para se trabalhar uma receita por cima. Enfim, quero muita coisa de um só pedaço de massa. Mas vou continuando a tentar.

Quando não me apetece nada de complicado ou que me dê mais trabalho do que aquele que quero ter, regresso a esta receita de massa. Porque é simples, porque é a máquina de pão que a faz e porque sei que funciona. É deste livro e eu recomendo. Sobretudo a quem tiver máquina de pão, porque fica tudo tão mais fácil!… Acho que também dá para arregaçar as mangas e sová-la à mão, mas eu sinceramente ainda tenho alguns problemas com o descobrir o prazer de o fazer. Mas eu chego lá!

Para dentro da máquina vão, então, e pela seguinte ordem:

  • 1 medida de água morna
  • 1 colher de chá de sal
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 3 chávenas de farinha para pão
  • 1 pacote de fermento biológico (11g)

Normalmente junto-lhe também uma colher de sopa de alho em pó e outra de orégãos ou manjericão, conforme me apetece. A massa fica com muito mais sabor. A receita dá para duas bases de uma massa fininha. Esta foi feita para mais pessoas, por isso usei a receita toda. Estendi a massa, pu-la num tabuleiro e cobri com o básico: molho de tomate do mais simples (alho salteado em azeite, uma lata de tomate em pedaços, sal e orégãos, deixa reduzir, manjericão fresco), cogumelos frescos laminados, um bom chouriço em pedaços pequenos e uma cebola grande, às meias luas, salteada previamente em azeite, até ficar bem dourada (parece estranho, eu sei, mas não imaginam como fica delicioso! Dá um sabor bem diferente à pizza). Por cima, neste caso, fatias finas de presunto, mozzarella e orégãos. Foi ao forno até estar pronta. Saiu e foi coberta com rúcula e um fio de azeite.

Esta é uma versão mais fresca e para a fazer mais leve, às vezes, corto o chouriço e os cogumelos do recheio. Fica deliciosa! E bonita!

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Sinceramente nunca sei que lhe chamar. Não gosto muito de sanduíche, porque me apetece sempre escrever sandwich, e menos ainda porque cá por Portugal esta coisa parece ter género indefinido – ora é o sanduíche, ora a sanduíche. A sande ainda gosto menos, parece-me sempre que lhe falta qualquer coisa. O s, pois. Mas a sandes não melhora. Parece uma coisa plural usada em singular. Enfim, esquisitices minhas. Posso sempre chamar-lhe pão com coisas. Ou não lhe chamar nada, estar caladinha e usar a boca só para a comer. Ou o comer, pois.

Há uns dias o Daniel perguntava no seu Panela de Cobre qual era a nossa preferida (pela sanidade mental de quem vai ler este post, vou optar por me referir à coisa como “a sanduíche”). Eu respondi-lhe. Mas fiquei a pensar.

Ora, eu sou de luas. Ou melhor, de fases. A minha sanduíche preferida vai mudando, não consoante a estação, mas consoante, parece-me, os ingredientes de que mais gosto, a determinado momento. Que não são sempre os mesmos, claro está. Vão mudando com as descobertas, as redescobertas e as luas. A primeira de que me lembro era uma versão da tosta mista (o misto quente do Brasil) com presunto em vez de fiambre, um fio de azeite e orégãos. Uma tosta mista armada em fina, portanto. Mas deliciosa! Entretanto passei por mais dois ou três sanduíches, até chegar à de hoje. Que é muito simples, também.

Porque eu acho que uma sanduíche, a ser para fazer em casa, tem de ser algo simples e rápido, que alimente e seja agradável. Se for para demorar muito tempo, ser muito complexa, levar 26 ingredientes e mais 5 molhos, mais vale ir comê-la fora.

Daí as minhas serem sempre tão básicas. Esta é: pão do que houver (eu prefiro do de sementes: sésamo, linhaça, girassol, …), presunto em fatias finas, rúcula e pesto. Mais nada. O pesto pode ser caseiro, mas eu tenho sempre no frigorífico um frasco de uma excelente marca de que já falei e que uso para estas coisas. Abre-se o pão, barra-se um dos lados com pesto, põe-se o presunto por cima, a rúcula, fecha-se e come-se. Também se pode fazer a versão quente, com mozzarella entre o presunto e o pesto, levar à torradeira e só depois de derretido o queijo acrescentar a rúcula (que a rúcula na torradeira murcha e fica horrível). É tão bom! E fácil e rápido e nutritivo. Faz um almoço rápido, um lanchinho reforçado, um petisco. Dá pouco trabalho e muito prazer. Seja feminino ou masculino!

 

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