Em primeiro lugar tenho de pedir desculpas: o 4 por 6 deveria ter ido para o ar ontem, mas com as confusões da Páscoa não foi possível. Vai para o ar hoje, atrasado mas, espero, ainda assim delicioso!

Se há coisa que cá em casa se faz (e se come!) bem, é pizza. Não variamos muito – aliás, não variamos quase nada. Não gostamos de pizzas com muitos ingredientes, preferimos as mais simples, duas ou três coisas por cima, massa caseira, molho também. Fazemos pizza pelo menos uma vez por semana e por isso achámos que seria boa ideia criar uma pizza equilibrada e nutritiva, saborosa e que alimentasse 4 pessoas a baixo custo. Bem feita, uma pizza é uma refeição completa!
Começámos por trabalhar no molho – é a melhor forma de introduzir legumes na pizza, sem grandes alterações de paladar, tornando-a mais rica nutricionalmente. Fizemos um molho com vários legumes, molho esse que pode ser feito em quantidades maiores e congelado em porções individuais, para usar com pizzas ou pastas, ser base de almôndegas ou até barrar sanduíches.

Pizza com molho de legumes
Massa:
- 2 e ¼ medidas de farinha (um pouco menos que 500g)
- ½ colher sopa de fermento biológico
- ½ colher sopa de sal fino
- ½ colher sopa de açúcar
- 1/8 medida de azeite
- 1 medida mal cheia de água morna
- 1 pitada de orégãos secos
A massa pode ser feita à mão ou na máquina de fazer pão. É muito mais fácil nesta última, que além de amassar fornece uma temperatura óptima para a massa levedar. Mas à mão também não é difícil. Esta massa tem a grande vantagem de poder ser feita a dobrar e congelada. Pode ser tornada ainda mais nutritiva e saudável se se usar uma mistura de farinha branca e integral.
Misturam-se os ingredientes secos muito bem. Acrescentam-se água e azeite e amassa-se até formar uma bola. Depois é preciso tender durante 3 ou 4 minutos – como a pizza não é coisa que precise de crescer muito, a massa não precisa de ser amassada durante muito tempo. Deixa-se levedar, em lugar quente e seco, durante 1 ou 2 horas (ou durante a noite no frigorífico, retirando 1 hora antes de usar).
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Molho:
- 1 beringela pequena (ou meia grande)
- 1 courgette pequena
- 2 tomates maduros
- 3 dentes de alho
- ½ pimento vermelho
- sal
- azeite
- manjericão seco
Liga-se o forno a 200ºC. Corta-se a courgette em quartos no sentido do comprimento, a beringela em rodelas grossas e o pimento em pedaços grandes. Dá-se dois golpes em cruz no cimo dos tomates. Colocam-se os legumes todos num tabuleiro de forno, mais os 3 dentes de alho não descascados (evita que se queimem). Duas ou três gotas de azeite em cima de cada pedaço, acrescenta-se uma pitada de sal grosso e outra de manjericão. O tabuleiro vai ao forno até tudo estar assado.
Pelam-se então os tomates e o pimento, descascam-se os alhos e coloca-se tudo no copo da varinha mágica. Uma colher de sopa de azeite, mais um bocadinho de sal e manjericão e passa-se tudo muito bem. Está pronto o molho.
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Recheio:
- 1 cebola grande
- 70g de bom chouriço de carne
- 1 bola de mozzarella fresca
- 40g de rúcula
- orégãos
Mantém-se o forno ligado a 200ºC. Numa frigideira, aloura-se a cebola cortada em meias luas, num fio de azeite. Quando estiver dourada e ligeiramente tostada, retira-se do lume e reserva-se. Estende-se a massa num tabuleiro de forno levemente polvilhado com farinha, formando um grande rectângulo (ou divide-se em quatro e fazem-se quatro pequenas pizzas individuais). Espalha-se molho de tomate por cima (pode não ser preciso todo, a pizza fica melhor se não levar excesso de molho), o chouriço cortado em meias-luas finas. Acrescenta-se a cebola alourada e a mozzarella, rasgada em pedaços. Polvilha-se com orégãos e vai a assar até a massa estar dourada e o queijo derretido e levemente tostado.
À parte, tempera-se a rúcula com um fio de azeite, sal e orégãos (muito pouco tempero). Retira-se a pizza do forno e coloca-se a rúcula por cima. Corta-se em quatro e está pronta a comer!

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A pizza caseira costitui uma refeição equilibrada e muito versátil. Pode ser feita com quase tudo, trocando o chouriço por bacon ou pedaços de frango desfiado que tenha sobrado de uma outra refeição. Em vez de rúcula pode levar agriões ou canónigos, cogumelos em vez da cebola. E estas alterações de que falei podem ser feitas quase sem alterações de preço.

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Para a sobremesa, morangos frescos e maduros, sem adição de açúcar e polvilhados com raspa de um limão.

Vamos a contas:

Dica de poupança: Quase tudo na nossa cozinha se recicla. Tentar tirar o máximo proveito de tudo o que entra em nossa casa é não só bom para o bolso como ainda é uma óptima contribuição para o ambiente. O pão seco, por exemplo, pode ser todo guardado e, com a ajuda de um processador, transformado em pão ralado. Pode ainda torná-lo mais interessante com a adição de ervas aromáticas secas ou de alho em pó. Assim, em vez de o comprar no supermercado, temos em casa pão ralado, mais fresco e com os sabores que mais nos agradam, praticamente a custo zero.
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